domingo, 25 de março de 2012

Crê, ser?

No fim, são as mesmas velhas músicas, as mesmas velhas vontades.
No fim, são as mesmas velhas verdades, que nunca acreditamos.

Enfim, o tempo perde todo o sentido e não marca mais nada.

O normal perde o sentido, pela veracidade do incomum.
E não faz sentido tentar falar sobre mais nada, percebe?

Tudo que lhe cabia como verdade, foi embora.
O novo chega e desestrutura tudo, per-fei-ta-men-te.

Dois olhos e um infinito de possibilidades.
Uma boca e uma só vontade.
Vários caminhos e só um destino.

As prateleiras, os livros e as paredes de vidro.
E a nova transparência.
E o novo compartilhar.
E o novo-velho amor.

E era antes de ser.
E era antes de querer.
E hoje é crescer...
E hoje é só querer ser um...
e ser.

Crê, ser?


quarta-feira, 21 de março de 2012

É todo dia, sempre igual.

Chega em casa, arranca a roupa e cama.
Chega em casa, arranca a roupa e chama.
Chega em casa, arranca a roupa e ama.
Chega em casa, arranca a roupa e drama.

domingo, 11 de março de 2012

Cor-ação.

A vida passa, sem graça, até perceber que o coração pulsa. 
O poeta aprende que quando se sente realmente, as palavras faltam.
Não existe tempo, e até mesmo o vento, parece soprar diferente.
O vazio é preenchido, o abrigo é o sorisso e o abraço é o desfecho de todos os atos.
Aparente, se faz presente.
Incompreensível, e ao mesmo tempo, límpido e cristalino.
Delicado e obsceno.
Secreto e real.

Deliciar-se sem vergonha, despir-se de teus disfarces e entregar-se, nu.